Marciel Dantas Nunes, filiado ao CODIV desde 2015, e militar do Exército, foi premiado com o primeiro lugar na prova entre equipes, juntamente com os demais membros de seu grupo, realizada durante o torneio de Orientação em comemoração ao dia da Infantaria do Exército Brasileiro. O CODIV realizou uma breve entrevista com o atleta, na qual ele nos concede detalhes sobre a organização do evento, sua trajetória na orientação, além de suas perspectivas, e vivências particulares, a respeito da realização deste evento, e de outras competições, na atual pandemia do novo coronavírus. Confira abaixo:
Onde, e quando, foi realizada a competição? Quem a organizou?
MN: No dia 14 de maio foi realizado um torneio de Orientação alusivo ao dia da Infantaria do Exército Brasileiro. A prova foi organizada pelo Batalhão de Polícia do Exército, nas instalações do Forte Marechal Rondon, em Brasília-DF.
Qual era o seu público alvo?
MN: A prova contou majoritariamente com militares (Exército e Marinha), mas havia a presença de um pequeno público civil (amantes do esporte e parentes de militares).
Os competidores foram divididos em categorias, ou os percursos continham o mesmo nível de
dificuldade?
MN: A Prova (com percurso misto de Sprint Urbano com Fazenda) foi dividida em 2 torneios distintos, sendo uma competição entre equipes, na qual participei representando o Gabinete do Comandante do Exército, onde trabalho desde janeiro de 2020, e uma prova aberta ao público em geral, dividida em três categorias de nível: Iniciante, Médio e Difícil (sem distinção de idade).
O torneio continha um grande número de participantes?
MN: Somando-se os 2 torneios (4 percursos ao todo), haviam aproximadamente 120 atletas, entre homens e mulheres.
Os momentos de alimentação pós prova, concentração para a largada e premiação normalmente
reúnem em um mesmo local muitas pessoas juntas. Como, nessas situações, vocês buscaram
seguir os protocolos de prevenção à COVID-19?
MN: Devido às fortes recomendações prévias, e pela característica peculiar de cumprimento de regras da carreira militar, o pessoal se mostrou bem disciplinado no uso de máscaras antes e após a prova. Para a premiação, tivemos um almoço com mesas bem espaçadas e o pessoal que participou procurou sentar-se dentro de seus “grupos” (equipes e colegas do mesmo local de trabalho), evitando se misturarem com pessoas que geralmente não tem contato.
No atual contexto pandêmico, você acredita que a competição foi realizada de forma segura no
que diz respeito aos riscos de contágio e transmissão do novo coronavírus? Se sim, a organização
do evento poderia servir como incentivo à volta das demais competições?
MN: Embora um ou outro atleta tenha se misturado no pré e no pós prova, para rápidos bate-papos, no geral considero que tudo foi feito de forma bem segura. Conforme é possível ver pelas fotos, utilizamos máscaras o tempo todo, retirando-as somente no momento da largada, e recolocando-as após cruzar a linha de chegada. Esse não foi o primeiro evento que participei após a pandemia do COVID-19. Em Novembro do ano passado, a Federação de Orientação do DF realizou, em etapa única e dois percursos (Sprint sábado e Fazenda domingo), o Campeonato de Orientação do Distrito Federal, contando com uma participação razoável de atletas. Não sei se por medo dos participantes ou se por respeito às normas de distanciamento, todos estavam muito espalhados na área de concentração, que era bem grande. Me senti muito seguro no evento, tanto é que participei em Janeiro, deste ano, de um “treinão” de Sprint e levei meu filho Erick, de apenas 1 ano e 5 meses (à época), para fazer o percurso infantil comigo. Também participei de um treino noturno mês passado. O pessoal tem respeitado bastante as regras.
Há quanto tempo você é um orientista filiado ao CODIV?
MN: Pratico orientação desde 2003, mas me filiei à CBO tardiamente, entrando pelo CODIV em maio de 2015. Escolhi o clube pela proximidade de Divinópolis com minha cidade natal (Formiga) e pelo espírito “família” que percebi no clube, quando busquei um para me filiar.
Você recebeu alguma premiação? Se sim, qual?
MN: No torneio alusivo ao dia da Infantaria não houve premiação individual, para a prova de Equipes, mas recebemos a medalha e troféu pelo 1º lugar da equipe. Eram 6 equipes participantes, sendo que ao menos 50% dos atletas eram federados de categorias “A” da CBO.
Após tanto tempo enfrentando dificuldades para praticar o esporte, em decorrência da COVID-19, qual a sensação de correr novamente e, quem sabe, comemorar uma premiação?
MN: Conforme comentei acima, essa não foi a primeira prova que participei após a COVID-19, mas poder voltar a competir e ainda levar o 1º lugar no Campeonato de 2020 do Distrito Federal, mesmo sem estar treinando muito, foi algo excepcional!
